(Foto: We Heart It)
(Tu podes ler isso ouvindo: Leoni - Por que não eu?)
O terceiro
estágio foi a negociação.
É até
engraçado enumerar e separar os estágios em um, dois e três porque, como já
havia sido dito antes, eu meio que ficava oscilando o tempo todo entre “negação”,
“raiva” e “negociação”; mas, a primeira vez que me percebi no atual estágio deste
texto em questão, foi quando me flagrei mapeando cada detalhezinho do teu
rosto, montando mini quebra-cabeças mentais:
Os olhos fechados,
o sono tranquilo, os lábios levemente avermelhados. E então o teu riso frouxo,
a covinha que se formava na tua bochecha ao sorrir, o castanho dos teus olhos,
a mexa de cabelo fora do lugar; o teu olhar fixo no meu, nossas mãos suadas, teus
dedos nervosos e desajeitados na minha cintura, minha boca na tua nuca...
Então os
quebra-cabeças se transformaram em retrato, em rima, texto, desenho, fotografia
e até mesmo em música.
E aí eu me
tornei o clichê de todas aquelas músicas que falam sobre querer estar, querer
ter, sobre querer ser amor. O teu amor! Me tornei aquele cara que esperava a
noite pra poder te ver; aquele que desejava o calor de um único corpo nos dias
frios; aquele que queria te ter ao meu lado fosse em algo importante, fosse pra
assistir um Netflix.
Eu me tornei
aquele que se perdia em devaneios e lembranças de momentos em que nossas mãos
se encontraram sem querer e nossas línguas dançaram juntas se querendo. Acabei
me tornando aquele cara que queria poder olhar para o céu e, te olhando no
fundo dos teus olhos, perguntar: “a lua tá bonita hoje, não é?”; mas, no final
das contas vi o luar e, como na canção, me perguntei: por que não eu?
Aquilo tava
mesmo acontecendo. Eu enfim havia me apaixonado por alguém depois de anos,
mas... Por quê?
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