(Já sabe, né? Jaloo ft. Nave - Dói D+)
O primeiro
estágio foi a negação...
Na minha
cabeça era tudo carência, afinal, eu não poderia estar mesmo apaixonado. Não
por ele. Não tão rápido. Não. Não, não, não, não e não! Era só carência.
Eu tentei fazer isso entrar na minha cabeça, empurrar goela a baixo e até que
deu certo. No final das contas, eu me convenci de que era tudo a mais pura
carência.
Sabe como é,
a gente passa tanto tempo sem gostar de alguém de verdade que, às vezes, parece
até que não é mais capaz de sentir esse tipo de coisa. E, justamente por isso,
eu preferi negar.
Tá, mas e daí
que eu ficava todo bobo olhando sempre que ele abria aquele sorriso quadrado e
que era uma vitória atrás da outra quando o responsável por causar ele era eu?
E daí se o som da voz dele era o único que eu ficava ansioso pra ouvir durante
o dia inteiro e que a risada dele era a melhor das músicas pros meus ouvidos? E
daí?
E daí se o
simples toque das mãos dele nas minhas me causavam arrepios pelo corpo todo? E
daí?
E daí se eu
já tinha decorado cada traço do rosto dele, mapeando das sobrancelhas grossas
ao queixo quadrado e transformando cada detalhe em um retrato mental? E daí?
Óbvio que era
só carência, eu não estava apaixonado, eu não poderia nem sonhar em estar
apaixonado... E é óbvio que essa jornada só estava começando, afinal, eu ainda
estava na fase da negação.
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