Alguns dizem
que não sei dar o devido valor ao amor que me é dado. Digo que muito pelo
contrário, sim, eu sei.
Porém não sou
do tipo que grita o amor aos quatro ventos. Prefiro demonstrá-lo nas coisas
pequenas e simples, nos detalhes, os mais minimalistas possíveis; prefiro
demonstrar amor em uma folha de árvore há 4 anos guardada com todo o zelo
dentro de um livro, em uma pequena flor guardada da mesma forma há uns dois ou
três meses, na lembrança de um beijo dado sob a chuva numa noite de ventos
fortes, na conspiração de uma festa surpresa, em uma música cantada olho no
olho, em um texto bobo de agradecimento. Em um “eu te amo” sussurrado ao pé do
ouvido...
Não há
necessidade de gritar o amor quando se pode muito bem sussurrar e deixar na
lembrança palavras e atitudes tão simples e ao mesmo tempo tão significativas.
Gritos e exaltações o vento acaba levando, mas sussurros e suspiros ficam
gravados na lembrança (ao menos assim prefiro acreditar) e arrancam sorrisos
bobos quando recordados.
Não vejo
necessidade em gritar o amor. Prefiro deixar que meus sussurros permeiem as
memórias e sorriam por aí quando revividos.