Um abraço. Foi tudo o que
aconteceu.
Você
chegou e, assim do nada, me abraçou. Eu não soube muito bem o que fazer na
hora, mas minha cabeça estava a mil me dizendo “faz alguma coisa! Qualquer
coisa!”. Não fiz.
Nunca
soube muito bem, como você bem sabe, reagir a essa coisa de “demonstração de afeto
espontâneo” mas posso dizer que um abraço, assim do nada, aquece a mais fria e
congelada alma.
Foi
só um abraço, mas balançou toda a minha já pouca estrutura.
Você,
assim do nada, me envolveu com seus longos braços e seu cheiro me envolveu
também, me elevando como se eu caminhasse em éter. Golpe baixo me atrevo a
dizer!
Ah,
Dindi! Se tu soubesse as milhões de coisas que me passaram pela cabeça... Me
pergunto se meu sorriso bobo ficou tão evidente quanto imagino, ou tão grande
quanto o do gato do País das Maravilhas.
Foi
só um abraço. Um longo, demorado, aconchegante e delicioso abraço, assim, do
nada. E é assim, do nada, que me pego sorrindo ao lembrar daquilo que para
qualquer um foi "só um abraço”, mas que para mim... bem, não há como descrever o que foi,
não importa o quanto eu tente.
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