1° dia. Ele havia entrado na sala, ela saíra há menos de 5 minutos. O que ele mais esperava naquele dia era encontrá-la, poder olhar no fundo daquele universo negro e misterioso que havia em seus olhos.
2° dia. No dia seguinte ele havia chegado mais cedo para não ocorrer desencontros, poder abraça-la, senti-la em seus braços já tinha se tornado uma necessidade mesmo naqueles dois dias sem vê-la. Um imprevisto e ela não pudera ir.
3° dia. Trânsito infernal. Ela chegou bem mais tarde que o normal e ele já tinha ido há muito tempo.
4° dia. No dia seguinte ela adoeceu e, infelizmente, seria mais um dia em que ela ficaria longe dele. Ficar em casa seria terrível, mas pior ainda seria não poder sentir o cheiro dele, não poder afagar seus cabelos avermelhados.
Ele também havia adoecido. Seria mais um dia sem ela, sem seu sorriso encantador que fazia seus olhos brilharem como milhões de estrelas naquele universo negro e indecifrável, mais um dia sem poder dizer para ela o quanto ele sentiu sua falta.
Uma ideia!
O telefone dela tocou. Era ele!
- To morrendo de saudade! – disseram os dois ao mesmo tempo e em uníssono.
- Abre a porta. - ele continuou.
- Como assim?
- Só abre. - a vontade de vê-la, olhar naqueles olhos e tê-la em seus braços foi mais forte que uma gripe qualquer e, por isso, ele saiu de casa e foi encontrá-la.
Eles se abraçaram forte por um longo tempo.
- Senti tua falta - disseram eles.
Sim, foi uma semana de desencontros, mas aquele encontro fez valer a espera.